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Fotografias:Filippo Poli
Descrição enviada pela equipe de projeto. O terreno desta residência é pequeno e um edifício vizinho quase bloqueia o sol na orientação sul. A parte principal do terreno deveria manter-se livre e se tornar a residência em si: um prisma austero, apoiado centralmente, paira por sobre o chão liberado. Num primeiro momento, uma área foi definida: uma envoltória cúbica de plantas cria um limite para a casa. Para que a casa possa ser habitada, elas são retiradas. Três columas metálicas suportam uma rede de cabos de aço onde as plantas já começam a escalar para gerar um volume de igual importância aos prismas da casa.
Quando as plantas crescerem, o cenário verde será penetrado apenas pela coluna central preta do abrigo de concreto. A superfície de basalto na qual está baseada reflete a luz no interior. Concreto aparente recebe pigmentação preta onde uma grande profundidade, uma sensação de ancoragem era necessária. Iluminação artificial é cuidadosamente adicionada para proteger a noite e a intimidade que a luz fraca proporciona.
A envoltória permanece intacta na fachada principal. A imagem pública da residência será eventualmente recuada por trás das plantas e a casa vai reivindicar o terreno inteiro. O prisma vigorosamente destacado permite a entrada do sol e funciona como abrigo: as áreas de estar estão logo abaixo. Quando os painéis deslizantes são recolhidos, a fusão com o jardim está completa.
O espaço que o prisma elevado cria é o principal gesto da composição. A maneira que esse gesto é apresentada é crucial: é a maneira através do qual o prisma que parece sobrevoar está apoiado na coluna central. A tensão calma é realizada, uma simples e ainda sim clara correlação de forças. A sinergia entre desenho arquitetônico e o estrutural configura uma residência onde a envoltória não é mais importante que o terreno. Estes estão sobrepostos: um a um.
